Família e escola: uma parceria imprescindível
"É imperioso que dois dos principais pilares do construto da humanidade – família e escola – estejam muito próximos. Porém cada um com seus distintos papéis e missão, objetivando o sucesso da formação integral, através de uma sólida parceria e da soma de esforços. Só assim será possível superar os grandes desafios deste nosso desvairado mundo contemporâneo."
A família, como sabemos, deve ser a primeira educadora dos filhos e, por isso, necessita zelar constante e diuturnamente por esse processo fundamental para o desenvolvimento integral deles. Por consequência, é o fundamento para a evolução saudável de nossa sociedade. É na família, também, que devem ser cultivados os valores essenciais com afeto, respeito, autoestima e responsabilidade. São qualidades relevantes para o processo de pertencimento e favorecimento da individualização dos filhos.
A escola, concomitantemente, é parceira essencial da família na construção desse ser em formação, pois colabora efetivamente para o crescimento intelectual, cultural, social, cognitivo, crítico, científico e espiritual.
A escola em casa
As funções básicas e os papéis dos componentes de uma família devem estar claros e, por isso, todos, indistintamente, possuem direitos e deveres no lar. Precisamos entender plenamente o papel de ser pai, ser mãe e ser filho: os pais, em mostrar os valores da vida e fazer com que os filhos compreendam sua missão; os filhos, em ajudar os pais a se unirem sempre mais, fazendo-os cumprir dignamente sua missão. A firmeza, as broncas, as cobranças, as regras e os ”nãos” são sinais profundos e evidentes de amor - “quem ama, cuida”. Cuida sempre. Exige. Acompanha. Leva e busca em baladas. Observas as amizades do filho e está sempre atento a tudo.
Um dos inúmeros deveres do pai é oportunizar aos filhos a educação formal, dimensão formativa que só terá sucesso se a ela for conferida especial importância. Para a educadora Guiomar Namo de Mello, “é necessário criar em casa um ambiente ordenado, com rotinas e rituais básicos necessários à solenidade da aprendizagem, como por exemplo, a hora e o canto da lição de casa”. Precisamos entender que a valorização dos estudos ou seu desinteresse, por parte de um filho/estudante, estarão intrinsecamente atrelados à importância atribuída, ou não, pelos pais. “O graus de estima e valorização dos estudos é um gerador de motivação ante o aprendizado escolar”, já dizia Puhl.
Pais, não deixem de ir à escola!
A crise da educação brasileira é histórica, mas jamais vivenciamos momentos de desempenhos tão sofríveis, estarrecedores e preocupantes como bem demonstram os dados das últimas avaliações. Observa-se que a escola não tem dado conta de cumprir com todo o seu compromisso social, pois imensos e diversos são os desafios enfrentados por ela. Assim, é preciso que a família assuma o seu verdadeiro papel de educadora, e não transfira a sua responsabilidade para a instituição escolar.
A responsabilidade institucional de ensinar é da escola e a responsabilidade de educar na plenitude é da família. Entretanto família e escola dissociadas podem comprometer substancialmente a formação holística dos nossos bens mais preciosos, nossos filhos, nossos alunos.
Senhores pais (pai e mãe, não somente mãe...), não deixem de ir à escola de seus filhos. O acompanhamento escolar sistemático dos filhos é fator preponderante para fortalecimento dos laços afetivos da família e para um desenvolvimento educacional saudável, satisfatório.
Por isso, família e escola, façam a vossa lição e atentai-vos: “Adquirir a sabedoria vale mais que o ouro; antes a adquirir a inteligência que a prata” (Provérbios 16,16)
Jair Cestari,
mestre em Educação, pedagogo e professor de Educação Física.
Endereço eletrônico: jair_cestari@hotmail.com
Neuliane Auxiliadora Rondon Garcia Cestari,
especialista em Educação, Cáceres, MT.